Há 150 anos, no dia 22 de maio, era pela primeira vez apresentada a magnífica obra “Requiem” do compositor Verdi, para marcar o primeiro aniversário da morte de Alessandro Manzoni, um poeta e romancista italiano que Verdi admirava profundamente, daí que esta Missa seja por vezes ainda referida como “Requiem de Manzoni”. Muito mais que um Requiem, esta obra explora as profundezas da emoção humana diante da morte e da redenção. Com os seus caracóis fartos grisalhos, barba branca e bigode de pontas, na Igreja de São Marcos em Milão, Verdi fez soar a primeira nota de “Requiem e Kyrie eleison”. Seguiam-se ritmos vigorosos, melodias sublimes e contrastes dramáticos com igual caráter das suas óperas.
“Dies Irae” pulsa no ouvinte interiormente, depois Verdi conduz-nos por uma jornada das mais cruas emoções, passando por momentos de intensa tragédia e reflexão. E talvez até a “Madonna” de Lomazzo que lá adorna as seculares paredes, tenha vertido uma lágrima no belo “Lacrimosa”.
Desde esse dia há 150 anos, esta emblemática obra, foi executada em diversos lugares e países, apresentada sete vezes na Opéra-Comique de Paris, e em Veneza excederam- se na decoração bizantina concebida para a ocasião. Correu mundo e chega no mês de novembro aos concelhos do Porto, Valongo e Maia pela batuta de Osvaldo Ferreira, que dirigirá três coros, o Coro Polifónico da Lapa, o Coro Juvenil Pró-Música e o Coro da Associação de Música Sacra de Braga, a Orquestra Filarmónica Portuguesa e os solistas Raquel Paulo (soprano), Cátia Morezo (mezzo-soprano), Sérgio Sousa Martins (tenor) e Rui Silva (baixo).
Agende já:
3.11 às 16h na Igreja da Lapa.
16.11 às 21h na Igreja de Alfena.
17.11 às 16h na Igreja de Gueifães.