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Três Séculos de Música para Órgão

19 Outubro @ 15:00 15:45

De Bach a Lanquetuit: entre a espiritualidade e o virtuosismo.

Este concerto percorre três séculos de música para órgão, desde a profundidade espiritual de Bach até ao virtuosismo brilhante de Lanquetuit. O programa inclui obras emblemáticas do repertório organístico, com destaque para a intensidade da Fantasia e Fuga em sol menor de Bach, o lirismo da Sonata em Lá Maior de Mendelssohn, a elegância romântica de Franck e a energia arrebatadora da Toccata em ré maior de Lanquetuit.
Interpretado por Gregório Gomes, este recital convida à descoberta da riqueza expressiva e técnica do órgão ao longo da história.

PROGRAMA

Johann Sebastian Bach (1685–1750)
Fantasia e Fuga em sol menor, BWV 542
Wenn wir in höchsten Nöten sein, BWV 641

Felix Mendelssohn Bartholdy (1809–1847)
Sonata para órgão em Lá Maior, Op. 65 n.º 3

Con moto maestoso – Fuga – Con moto maestoso – Andante tranquillo 

César Franck (1822–1890)
Prélude, Fugue et Variation, Op. 18

Marcel Lanquetuit (1894–1985)
Toccata em ré maior

NOTAS AO PROGRAMA

Johann Sebastian Bach (1685–1750)
Fantasia e Fuga em sol menor, BWV 542
Wenn wir in höchsten Nöten sein, BWV 641

Figura central do barroco alemão, Bach elevou a escrita para órgão a um nível de complexidade e expressão sem precedentes. A Fantasia e Fuga em sol menor, uma das suas obras mais célebres para o instrumento, alia o dramatismo retórico da fantasia à arquitectura rigorosa da fuga. Já Wenn wir in höchsten Nöten sein (“Quando estamos em maiores aflições”), um dos corais do Orgelbüchlein, revela o lado mais introspectivo e devocional de Bach, com uma escrita de grande sobriedade e beleza.

Felix Mendelssohn Bartholdy (1809–1847)
Sonata para órgão em Lá Maior, Op. 65 n.º 3
Con moto maestoso – Fuga – Con moto maestoso – Andante tranquillo

No século XIX, Mendelssohn desempenhou um papel crucial na redescoberta da obra de Bach, e também contribuiu com obras importantes para o repertório organístico. A terceira das suas Seis Sonatas para órgão conjuga a solidez da tradição barroca com o lirismo romântico. O andamento inicial impõe-se com um carácter majestoso, seguido de uma fuga engenhosa. A obra termina com um andante de grande serenidade.

César Franck (1822–1890)
Prélude, Fugue et Variation, Op. 18

Com Franck, o órgão ganha nova vida na tradição francesa. Esta peça, originalmente escrita para harmónio e posteriormente adaptada para órgão, é um exemplo perfeito da sua linguagem poética e profundamente espiritual. O Prélude estabelece um ambiente contemplativo, a Fugue desenvolve-se com elegância, e a Variation conclui a obra com delicadeza e refinamento melódico.

Marcel Lanquetuit (1894–1985)
Toccata em ré maior

Virtuosística e brilhante, a Toccata de Lanquetuit é uma obra de pura celebração sonora. Herdando a tradição francesa de toccatas triunfais, imortalizada por nomes como Widor ou Vierne, esta peça exige grande destreza do intérprete e encerra o programa com energia e exuberância.

Entrada livre
Terreiro da Sé
Porto, Porto 4050-573 Portugal
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