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Ecos do Sagrado

19 Outubro @ 17:00 17:45

Percursos espirituais na música de órgão.

Este concerto propõe uma reflexão musical sobre o sagrado, reunindo obras que, em diferentes épocas e estilos, exprimem uma profunda dimensão espiritual. Do majestoso Prelúdio e Fuga em Mi bemol Maior de Bach — verdadeira arquitetura sonora da fé — à intensidade mística de Tournemire, cada peça traça um caminho interior através da linguagem única do órgão.
O programa inclui ainda o inspirado Gaudeamus de Fernando Lapa, que cruza tradição e contemporaneidade, e o expressivo Coral n.º 3 de Franck, culminando num itinerário sonoro de recolhimento, transcendência e exaltação.
Com interpretação de Tiago Ferreira, Ecos do Sagrado convida à escuta interior e à descoberta da espiritualidade através da música.

PROGRAMA

Johann Sebastian Bach (1685–1750)
Prelúdio e Fuga em Mi bemol Maior, BWV 552

Fernando Lapa (1950)
Gaudeamus

César Franck (1822–1890)
Coral n.º 3 em lá menor

Charles Tournemire (1870–1939)
Improvisação-Coral sobre “Victimæ Paschali laudes”

NOTAS AO PROGRAMA

Johann Sebastian Bach (1685–1750)
Prelúdio e Fuga em Mi bemol Maior, BWV 552

A abrir e fechar o Clavier-Übung III, esta monumental obra é frequentemente associada à simbologia trinitária — patente nos três bemóis da tonalidade e nos três temas da fuga. Uma arquitectura sonora imponente e serena, onde se entrelaçam a fé luterana e o génio de Bach como teólogo do som.

Fernando Lapa (1950)
Gaudeamus

Compositor português contemporâneo, Fernando Lapa oferece nesta obra uma leitura pessoal da espiritualidade, entre a celebração e o recolhimento. Gaudeamus (do latim, “alegremo-nos”) conjuga elementos modais, ressonâncias litúrgicas e um sentido de comunhão expressiva que ecoa no espaço sagrado.

César Franck (1822–1890)
Coral n.º 3 em lá menor

Última obra do tríptico dos Três Corais — escritos no final da vida de Franck — este coral combina drama e elevação espiritual. De inspiração litúrgica, mas sem texto cantado, a peça percorre um arco expressivo onde a dor, a esperança e a luz se fundem numa linguagem harmónica rica e apaixonada.

Charles Tournemire (1870–1939)
Improvisação-Coral sobre “Victimæ Paschali laudes”

Baseada na sequência pascal medieval, esta improvisação — posteriormente transcrita por Maurice Duruflé — revela o lado mais livre e visionário de Tournemire. Mestre da improvisação litúrgica, o compositor francês explora aqui o canto gregoriano como ponto de partida para uma meditação sonora cheia de cor e mistério.

Entrada livre
Terreiro da Sé
Porto, Porto 4050-573 Portugal
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