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Duelo de Titãs: Improvisações de Guerra e Glória

26 Outubro @ 17:00 18:00

Rui Fernando Soares e Juan José Montero Ruiz enfrentam-se num confronto sonoro sem precedentes, onde dois órgãos se tornam instrumentos de batalha, narrativa e celebração. Entre obras de Kerll, Cabanilles, Soler, Haendel e improvisações inspiradas em histórias bíblicas, este concerto revela o poder da música antiga — e a sua surpreendente actualidade — num duelo onde só a glória triunfa.

PROGRAMA

Johann Caspar Kerll /Juan Cabanilles (1627-1693/1644-1712)
Batalla Imperial de I Tono

Padre Antonio Soler (1729-1783)
Concerto I para dois órgãos
Andante
Minué

Pedro Araujo (1640-1705)
Batalha do 6.º tom

Improvisação
Jonas e a Baleia

G.F. Haendel (1685-1759)
Water Music (HWV 348)
Obertura (largo-Allegro)
Adagio e staccato
Allegro-Andante-Allegro da capo -aria
Minuet
Air
Minuet
Bourrée Hornpipe
Allegro

Juan Cabanilles (1644-1712)
Tiento de Batalla “Punt Baix”

Antonio de Cabezón (1510-1566)
Diferencia sobre el canto del Caballero

Improvisação
David vs Goliath

NOTAS AO PROGRAMA

Johann Caspar Kerll /Juan Cabanilles (1627-1693/1644-1712)

Batalla Imperial de I Tono
Abrimos com uma peça de natureza bélica e triunfante, evocando o poder do órgão como instrumento de guerra espiritual. A colaboração entre o estilo germânico de Johann Kaspar Kerll e o brilho ibérico de Joan Cabanilles dá o tom da noite: majestade, contraste e combate.

Padre Antonio Soler (1729-1783)

Concerto I para dois órgãos
Soler, monge e compositor do século XVIII, surpreende com obras de grande engenho e leveza. Este concerto, com os seus diálogos delicados entre os dois órgãos, alterna entre a introspecção elegante do Andante e o brilho dançante do Minué, numa escrita rica em simetrias e surpresas.

Pedro Araujo (1640-1705)

Batalha do 6.º tom

Esta obra representa um dos grandes momentos do barroco português. Com ritmos marciais, dissonâncias ousadas e figuras imitativas, Araújo transforma o teclado numa arena sonora de força e imaginação.

Improvisação

Jonas e a Baleia

Inspirada na narrativa bíblica do profeta engolido por um grande peixe, esta improvisação recria, em tempo real, o drama da fuga, do naufrágio e da redenção. Uma viagem auditiva por mares revoltos e mistérios divinos.

G.F. Haendel (1685-1759)
Water Music (HWV 348)

Composta para ser ouvida ao ar livre, sobre as águas do Tamisa, esta suite de danças é um dos grandes monumentos da música barroca inglesa. Alternando momentos festivos e líricos, Haendel celebra a pompa, o movimento e a beleza natural, num fluxo contínuo e encantador.

Juan Cabanilles

Tiento de Batalla “Punt Baix”
Outra obra de carácter guerreiro, onde Cabanilles explora os graves do órgão com intensidade. Um “tiento” é uma forma livre, quase improvisada, onde o compositor dá largas à sua inventividade — aqui, em registo de combate.

Antonio de Cabezón

Diferencia sobre el canto del Caballero
Cabezón, mestre do Renascimento espanhol, toma uma melodia popular e transforma-a através de variações (diferencias), mostrando como o simples pode tornar-se sublime. Uma meditação melódica que atravessa o tempo.

Improvisação

David vs Goliath
Fecho simbólico: a história do jovem pastor que vence o gigante. Nesta improvisação, o confronto dá-se em sons — pedra contra armadura, fé contra força. Uma metáfora sonora da coragem que vence o impossível.